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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Apelo A Todos Os Portugueses

Contra o autismo do actual governo, apelo a todos os portugueses para uma mobilização geral na próxima quarta-feira, dia 23 de Janeiro, entre as 16h e as 16h05:
Vamos fingir-nos de mortos!

Entretanto, quero anunciar a toda a comunicação social que vou dar início hoje a uma greve de fome em que me comprometo a não ingerir líquidos ou sólidos todos os dias entre as 16h e as 17h. Os senhores jornalistas poderão contactar a D. Amélia do Café Fonseca e verificar que já cancelei o panike de ovo e o galão que tomo diariamente.

Estarei disposto a endurecer as minhas posições até que o governo revele sinais de mudança. Se nos próximos 30 dias o governo não inflectir a sua atitude poderei convocar todos os portugueses a ficarem com ar sisudo, durante uma hora, como forma de protesto.

Já Não Acredito Em Deus

Há oito anos fui a Fátima tomar uma cerveja com a irmã Lúcia. Agora que a irmã já não está entre nós, posso contar a história. Já lhe tinha escrito por diversas vezes a dizer que gostava de me sentar e conversar com ela, mas nunca recebi resposta. Decidi-me a telefonar e marquei um encontro. Acho que ela gostou da minha frontalidade e admiração, ao telefone disse-lhe que já acompanhava a carreira dela desde pequenino.
O encontro foi emotivo, chorei mal a vi e ajoelhei-me durante vários minutos. Ela não queria tomar nada mas eu insisti: “tome uma cerveja preta que faz bem aos ossos”. Perguntei-lhe se tinha sido Nossa Senhora que lhe disse para se enfiar num convento, não vestir nada de jeito, não fazer umas limpezas de pele, nunca curtir com ninguém e não aproveitar a vida. Ela assegurou-me que não. Fiquei surpreendido. Eu achava que a irmã Lúcia tinha mérito, mas nunca ninguém lhe ensinou a gerir o tempo e a controlar o stress. A verdade é que a irmã não tinha culpa, por isso tentei dar-lhe umas dicas sobre hierarquia de tarefas, planeamento diário e técnicas de reuniões produtivas. A irmã Lúcia era sem dúvida uma grande profissional, mas isso não implicava que não tivesse um tempinho para si, para ir dar umas voltas, conhecer gente nova, ir a um ginásio ou piscina. Ela sorriu, certamente pensava que já era tarde de mais, mas eu lembrei-lhe que nunca é tarde, “inscreva-se naqueles jantares dançantes, só vai gente disponível”. Lembrei-lhe daquele pessoal da Bíblia que aos oitenta e tal anos ou mais ainda lhe malham forte e feio e aparecem com filhos. Aconselhei-a a usar uma agenda electrónica e a utilizar lembretes que certamente nunca falharia nenhum compromisso.
No fim, partilhei então o que lá me tinha levado. Eu também já tive uma aparição. Estava em Armação de Pêra, num dia de céu bastante nublado, deitado na praia e de repente vejo à minha frente a imagem de uma senhora toda vestida de branco, a pairar no ar. Na altura, fiquei com um ar surpreendido e perguntei se era para os apanhados. Ela disse que não e eu pedi-lhe uma prova, fazendo com que o sol aparecesse, o mar ficasse calminho e quente e estivesse um dia maravilhoso de praia até às 18h. O sol descobriu-se nos céus e as ondas pareceram desmaiar. Fiquei aparvalhado. Pedi-lhe uma omoleta mista no pão e uma cerveja e apareceram-me imediatamente. Embora fosse cerveja branca, não me importei. Depois, Nossa Senhora disse que teríamos de mudar muito o nosso comportamento se quiséssemos uma economia mais competitiva e produtiva, precisávamos de maior flexibilidade e mobilidade profissional e assegurou-me que enquanto continuássemos com uma legislação laboral tão rígida dificilmente atrairíamos investimento estrangeiro. Disse-me para nos prepararmos para a subida das taxas de juro, que teríamos de orar para conseguirmos energias alternativas e que eu deveria anunciar isso a toda a gente. Eu disse, OK, tudo bem, mas não me dava jeito nessa altura, porque tinha já combinado uma tainada com o pessoal no parque de campismo e só voltava no dia seguinte para o Porto. Então disse-lhe que se não se importasse, podia voltar a aparecer-me lá por casa, falávamos mais calmamente e assentávamos umas ideias no papel. Ela não se importou e eu propus-lhe que da próxima vez ela viesse preparada para fazer briefing, juntos poderíamos definir uma estratégia de comunicação, fazer até um brainstorming para arranjar ideias porreiras e, se considerasse relevante, eu poderia avançar desde logo para a formação de uma task-force com vista à implementação de todo o processo.
Bem, o certo é que ela nunca mais me apareceu e eu estava ali com a irmã Lúcia para saber se Nossa Senhora teria intenções de voltar a encontrar-se comigo ou se o projecto era para colocar de lado. “Irmã Lúcia, veja bem, já fiz alguns investimentos iniciais. Com esta brincadeira, lá foram 1350 € e não sei quem é que se vai responsabilizar por me ressarcir. Mas é mais a questão da palavra e do profissionalismo. Quando cheguei ao Porto estive a definir um cronograma, elaborei um mix de comunicação, fiz planeamento logístico, reuni uma equipa com pessoal licenciado e agora ela faz-me isto. Desaparece”. A irmã Lúcia encolheu os ombros e disse que tinha de voltar para a oração.
Não insisti, disse-lhe apenas: “irmã Lúcia, você pode ser muito, muito feia por fora, mas por dentro deve ter uma saúde de ferro. E isso é o que interessa. Cuide de si”.
Parti com a certeza que este era mais um projecto para a prateleira. A partir desse momento deixei de acreditar em Deus. Se quiser avançar com alguma coisa, primeiro quero um adiantamento como manifestação de boa fé e só depois é que entro. Estou farto de discursos.

Mega-Protesto: Vamos Mudar Portugal!

Julgo que todos os portugueses estão a acompanhar com algum gozo e entusiasmo este braço de ferro entre mim e o Engº Sócrates, que se mantém numa postura cada vez mais autista e se recusa a dar uma resposta às minhas pretensões. Não é difícil adivinhar que o Engenheiro está a ficar perturbado com a minha acção, mas tenta disfarçar (diga-se de passagem, bastante mal), acreditando que se fingir que não existo, então deixarei de existir. Pois bem, senhor Sócrates, “I’m your worse nightmare”.
Dia 21 de Março, proponho que todos os Portugueses se unam num mega protesto contra a actual situação no nosso país e que entre as 16h e as 18h andem com um ar carrancudo. Veremos se esta mega força de má disposição e mal-estar não o demoverão! E desde já aviso que se não manifestar em breve a intenção de mudar, senhor sócrates (repare que escrevi o seu nome com minúsculas), poderemos avançar para um protesto em que todos os portugueses durante três horas “responderão torto”.
Aqui segue a minha lista de exigências ao Engenheiro Sócrates, da qual julgo que nenhum português deve abrir mão de um único ponto que seja:

1º Alterar esse ar convencido e todo cheio de “eu é que sei”;
2º Deixar a entender, de modo formal ou mandando umas indirectas, que este não é o caminho correcto;
3º Olhar com outros olhos para o povo português;
4º Imprimir uma outra dinâmica no seu governo;
5º Deixar de pintar o cabelo de branco e de fazer madeixas que constituem uma falta de respeito a muitos portugueses;
6º Baixar os preços dos vinhos;
7º Apresentar políticas de combate à hipocrisia e à insensatez.

Procuram-se

Um amigo meu de Baião, mas já há vários anos a trabalhar em Lisboa, escreveu há dias uma carta para o programa da TVI Você na TV a requisitar ajuda para encontrar duas pessoas. Esse meu amigo pediu-me que publicasse aqui essa carta na esperança de que algum dos leitores deste blog o possa igualmente ajudar nessa busca.

«Caros Manuel Luís e Cristina. Começo por lhes dizer que gosto muito do Você na TV. Sempre que estou de bem com a vida e preciso cair na real ou queira sentir-me um pouco mais deprimido vejo o vosso programa. Geralmente, choro muito a ver-vos. Acho que os dois são os melhores apresentadores da televisão portuguesa, apesar das gargalhadas da Cristina e do Manuel Luís, por causa da idade, estar a ficar demasiado brejeiro e ridículo, mas isso são pormenores.
Vocês não sabem mas eu chamo-me Alfredo. Os meus amigos tratam-me por Fredo, Fredy, Fred ou monstro das bolachas Maria, porque consigo dar cabo de um pacote enquanto o diabo esfrega um olho.
Eu trabalho no Instituto do Emprego e Formação Profissional, em Lisboa. Antes de vir para cá, pois eu não sou de cá, mas sim de Baião, já eu trabalhava nestes assuntos de inscrever os outros no desemprego e de lhes procurar trabalho. Portantos, o meu trabalho sempre foi arranjar trabalho para os outros.
Escrevo-lhes para pedir a vossa ajuda: eu gostava que vocês e a vossa equipa do Você na TV tratassem de me descobrir duas pessoas. A primeira é uma amiga que eu tive na infância. Ela morou duas ruas abaixo da minha durante três anos. Tínhamos os dois oito anos quando a família dela se mudou por causa de umas falcatruas que o pai dela andava a fazer. Lembro-me de ouvir dizer que eles iam mudar-se para o “não sei quê mais velho”. A Ritinha, era esse o nome da minha amiga, usava um cabelo castanho com duas tranças e uma franja à frente, tinha sardas nas bochechas, uma cicatriz na parte de trás da coxa direita por causa de um cão que lhe ferrou e andava sempre de saia de pregas e com uns sapatos pretos com uma fivela em cima. A Ritinha, na altura, tinha um irmão de três anos que costumava andar sempre a chuchar no dedo.
Eu gostava muito que vocês encontrassem a Ritinha porque eu sinto muito a falta dela. Eu brincava mais com ela do que com os meus amigos rapazes. Muito mais que jogar à bola, eu preferia brincar às casinhas e aos médicos com a Ritinha. Eu gostava de lhe dar injecções e sei que ela também gostava da minha seringa. E como eu, agora, não tenho nenhuma amiga especial com que possa brincar às casinhas e aos médicos, lembrei-me que o Você na TV podia fazer o favor de me encontrar a Ritinha.
A outra pessoa que eu gostava muito que me encontrassem era um colega meu do centro de emprego onde eu trabalhava em Baião, o Rui, que me disseram que foi mandado embora já há quatro anos. Disseram-me que ele decidiu, depois, sair de Baião para fazer vida num local melhor ou até no estrangeiro. Ao certo, só me sabem dizer que apanhou uma camioneta da Rodoviária, numa sexta-feira à tardinha, que meteu pela estrada que vai para o Porto. O Rui é um tipo moreno, de cabelo escuro, mais ou menos da minha altura, portista de ir ver os jogos ao estádio e que gostava de ver filmes de porrada do Stalóne.
Eu gostava muito que vocês encontrassem o meu antigo colega, porque quando eu vim para Lisboa ele ficou a dever-me cinquenta euros.
Estou disponível para ir aí ao programa para ser entrevistado às quintas e sextas, a partir das 12h15. Muito obrigado pela atenção e continuem com o programa. Na certeza de que vão atender aos meus pedidos, despeço-me com um até breve.
Alfredo.»

A Masturbação e a Segurança Pública

Já há mais de um ano que envio e-mails para o Ministério da Administração Interna a alertar para um dos maiores perigos nas estradas portuguesas e que continua a passar ao lado das grandes campanhas de prevenção rodoviária: a masturbação ao volante. Julgo que os números sinistros que observamos diariamente não se podem justificar apenas pelos suspeitos do costume: manobras perigosas e álcool. Neste último ano dediquei muito tempo ao estudo dos dados disponibilizados pelo ministério e concluí que alguns dos acidentes para os quais as autoridades não apresentam justificação tiveram como causa a trepidação intencional dos órgãos sexuais dos condutores portugueses. Segundo os meus cálculos, no ano passado terá morrido muita gente, e muitos mais ficaram feridos, vítimas da fricção tanto do clitóris como do pénis dos condutores em estradas nacionais e IP’s. Claro que este assunto não dá votos e o Engº Sócrates e companhia preferem não enfrentar o problema a avançar com medidas claramente impopulares. Engº Sócrates, porque não revela os estudos que têm sido sonegados do conhecimento público sobre o impacto nas estradas portuguesas do estímulo do clitóris e das contracções pélvicas?
É fundamental que o governo tome medidas urgentes para acabar com as principais ameaças à segurança rodoviária. Não poderemos continuar a fechar os olhos quando os casais decidem explorar o ponto G do condutor sem imobilizar a viatura; ou aos condutores de veículos de caixa manual que ocupam uma das mãos com o órgão sexual do passageiro e este se debruça sobre o seu baixo-ventre, colocando parte do tronco sobre a alavanca das mudanças e diminuindo a visibilidade sobre a estrada; ou o incumprimento dos limites de velocidade no interior e fora das localidades sempre que o passageiro estimula com a língua o ânus do condutor de um velocípede. Isto para não falar no perigo das orgias em carrinhas de caixa aberta, mas essa é uma questão que deve ser debatida noutra altura e que merece por si só um debate nacional e uma reflexão que deverá envolver os agentes mais representativos da nossa sociedade.
O fundamental é que os portugueses têm de perceber que se conduzirem não podem agitar órgãos sexuais e cabe aos governos tomar medidas preventivas que ponham fim a esta ameaça.

Vinho e Charutos Dão Saúde

Segundo a Organização Mundial de Saúde as pessoas que bebem vinho tinto, seguido de um bom charuto, tendem ter mais qualidade de vida, melhores índices de auto-realização e a ter mais sucesso sexual. Este estudo foi realizado durante quatro anos e envolveu mais de 122 mil indivíduos. As conclusões são inequívocas, as pessoas que com frequência bebem dois copinhos de Barca Velha ou Château Margaux, seguido de um bom charuto Arturo Fuente ou Montecristo tendem a ter mais qualidade de vida. Esta investigação indicou, ainda, que um mergulho na piscina aquecida à noite e um whisky de 20 anos servido por duas senhoras de biquini tende a estar associado a maior bem-estar e a menores problemas de desnutrição.
A Organização Mundial de Saúde considera os resultados desta pesquisa decisivos para implementar novas políticas no combate à pobreza e à desigualdade social.

Campanha Anti-Totós

As Meninas do GPS

Finalmente, conheci uma das meninas do GPS. Foi há dias, quando acompanhei um amigo numa viagem a Lisboa. Já me tinham dito maravilhas das meninas do Global Positioning System e que todas as mulheres do mundo deviam ser como elas.
Por isso, foi com alguma expectativa que iniciei a viagem e o que posso dizer é que era verdade tudo o que me haviam dito, estando seriamente a pensar em arranjar uma dessas meninas para o meu carro, tendo em conta todas as suas virtudes.
Ao contrário da maioria das mulheres (há quem defenda que ao contrário de todas), as meninas do GPS dizem apenas o estritamente necessário e tudo o que dizem é de extrema utilidade. Nós dissemos-lhe que queríamos ir para a Praça Duque de Saldanha, em Lisboa, ela pensou uns segundos e de seguida disse-nos “Virar à direita”. E, depois, a cada cruzamento ou bifurcação, indicava-nos para que lado tínhamos que virar e até nos avisava com vários metros de antecedência. Assim que entrámos na auto-estrada disse-nos “Sempre em frente” e calou-se. Como era suposto não ter que nos dar indicações nas três horas seguintes, até sairmos da A1 à entrada de Lisboa, calou-se! Não meteu conversa fiada, não nos chateou a cabeça com queixas ou histórias desinteressantes. Simplesmente calou-se. E nós, homens, pudemos conversar à vontade sobre gajas, sexo, futebol, carros, gases… E só quando chegámos, então, a Lisboa é que a voltamos a ouvir, fornecendo-nos novamente todas as indicações necessárias: “Virar à direita daqui a 100 metros”, “Virar agora à direita”, “Sempre em frente”, “Preparar para virar à esquerda”…
E quando nos enganámos e não virámos no local certo? Deu-nos cabo do juízo? Disse-nos que não sabemos ouvir e que não lhe ligámos nenhuma? Que somos sempre os mesmos? Que achámos que sabemos tudo, mas que afinal também nos perdemos? Não! Nem pensar! Não disse nada, nem sequer uma pequena reprimenda. Não. Tratou apenas de nos encontrar outro caminho para chegarmos ao nosso destino. E nem notámos na sua voz o mais pequeno tom de amuo. Era como se não tivesse acontecido nada. Continuamos a ser os mesmos tipos bestiais, em vez de passarmos de repente a bestas…
Agora, também não sou ingénuo ao ponto de pensar que as meninas do GPS são absolutamente perfeitas, elas mantêm uma réstea de afinidade com as outras mulheres. Uma vez por outra, se formos demasiado desobedientes em relação às suas indicações, também se tornam chatas e até insuportáveis. Aconteceu-nos quando decidimos, a meio do percurso, fazer um desviozinho de alguns quilómetros para comer um Leitão à Bairrada na Mealhada. Afinal, as tradições são para se cumprir e não se pode fazer uma viagem de carro entre o norte e o sul sem almoçar ou jantar um leitãozinho! E ela, a menina do GPS, que já ninguém a ouvia há um pedaço de tempo, quando se apercebeu do desvio à rota estabelecida, começou imediatamente a dizer “Assim que possível, dar meia volta em direcção à A1”. E não parava de chatear, apesar de lhe dizermos que estávamos esfomeados e de lhe falarmos acerca da tal tradição: “Na próxima rotunda, contorne-a e volte para trás em direcção à A1”, “Vire à direita, depois à esquerda e siga em frente para a A1”, “Dê meia volta”, “Volte para trás”, bla, bla, bla….
Só que as meninas do GPS têm um bem, que faz delas quase perfeitas, e que as outras mulheres não possuem. Simplesmente carregámos num botãozinho e ela calou-se imediatamente, deixando de nos chatear, podendo nós ir comer o leitãozinho sossegados.

p.s. – Resta-me dizer, por fim, que tal como se passa com a generalidades das outras mulheres, a menina do GPS fez-se de difícil comigo. No final da viagem, convidei-a para tomar uma bebida e ela nada! Nem se dignou a responder. Acho mesmo que até se auto-desligou!...

Os Homens: As Vítimas Esquecidas da Interrupção Voluntária da Gravidez

Em todo este debate nacional sobre o aborto, um facto salta à vista: mais de 90% dos argumentos apresentados de um lado e do outro eu já havia exposto e debatido há mais de quatro anos um pouco por todo o Norte do país. Aliás, eu gostaria que o Sr. Primeiro ministro comentasse as minhas afirmações no restaurante "O Serrano", em Março de 2003, quando afirmei para dois amigos meus e uma mesa ao lado com cerca de quatro pessoas, que nunca mais voltei a ver, que nenhum governo teria coragem de chamar à atenção para o drama social que está a ser vivido por milhares de homens vítimas da interrupção voluntária da gravidez. A verdade é que a história veio sublinhar e colocar a itálico as minhas palavras. Exponho aqui quatro pontos e uma nota que gostaria de ver comentados por alguém do governo português (se possível pelo sr. Primeiro-ministro):
1º Até ao momento não vi ninguém abordar o sofrimento de tantos e tanto homens que no pós-aborto têm tanta dificuldade em retomar a sua vida normal. Vejamos: li na página dos «Somos médicos por isso não» que muitas das mulheres podem ficar depressivas no pós aborto. Todos nós já aturamos o mau humor e a instabilidade emocional feminina. Provavelmente se eu tivesse que acompanhar uma interrupção voluntária de gravidez de uma mulher ficaria sempre com a ideia: “queres-me ver que quem se vai lixar com tudo isto sou eu”. Não é difícil imaginar o inferno que muitos homens (cerca de 10 mil por ano) vivem na sua intimidade: ou é porque não fazemos nada, ou é porque somos uns preguiçosos, não baixas a tampa da sanita, não respeitas nada, etc. São aos milhares, os homens vítimas da interrupção voluntária da gravidez, homens que só lhes resta pensar: ”OK, mantém-te calmo Zé, ela fez uma IVG, mas isto há-de passar”.
Os últimos estudos que fiz, numas contas por alto, cerca de 5000 homens (valor estimado de homens envolvidos – 50%) apresentam problemas de insónia, insegurança e perda de atenção.
Sem fazermos julgamentos de valor, que não o devemos fazer, vou contar a história de um amigo, podemos chamar-lhe de R. (inicial fictícia) que era casado e depois de dois anos de convívio iniciou-se nas aventuras dos chats. Agora não interessa os pormenores, o certo é que veio a conhecer Joana Sousa (nome próprio verdadeiro mas nome de família fictício) e começaram a encontrar-se discretamente no Tropicália, um motel da região do Porto. Algum descuido e Joana Sousa engravidou. O meu amigo ficou desesperado. Prontamente convenceu-a com assertividade de que deveria fazer um aborto e ela fez. Esse meu amigo nunca mais voltou a ser o mesmo. Jurou-me que nunca mais voltou a um chat e disse-me que ainda hoje tem pesadelos e está sempre com medo de ver Joana sempre que vai com a mulher ao centro comercial. Ou seja, o meu amigo R. foi apenas mais uma das vítimas anónimas, e nunca faladas neste debate, do aborto.
2º Mas o sofrimento dos homens não se resume as estes dez mil e gostaria que o sr. Primeiro-ministro reflectisse e tivesse pelo menos uma palavra para tantos milhares de homens anónimos que vivem o aborto no papel de vizinhos, colegas de trabalho e conhecidos e vêem as coisas alterarem-se sem perceberem muito bem o que se passa. É a vizinha que deixou de se arranjar; é a colega de trabalho sempre antipática que desata a chorar quando mandamos uma boca.
3º Sr. primeiro-ministro há milhares de homens neste momento a sofrer com a imagem vil que a comunicação social tem vindo a transmitir do papel masculino na família contemporânea. Recordo as palavras de um amigo meu que chorava e dizia-me: “eu já não aguento mais, todos os dias dão uma imagem negativa nossa e eu só quero que todos se entendam e haja amor”. A única coisa que posso dizer é que esse meu amigo já não se encontra entre nós. Não aguentou a pressão e foi viver para o Brasil.
4º Um argumento que julgo válido para decidirmos pelo “Não” foi-me colocado por outro amigo. Recentemente num caso extra-conjugal que manteve viu-se obrigado a convencer a companheira a interromper a gravidez. Não foi fácil porque ela era uma mulher “manipuladora e sem escrúpulos, mas boa como o caraças”, segundo as palavras do meu amigo.
Ele justificou-me porque ia votar Não: “se ela fosse abortar a um estabelecimento devidamente legalizado, imagina que me aparece lá um psicólogo irresponsável ou um badamerdas de bata branca qualquer e a convence a desistir, já viste a minha vida?”. A verdade é que o governo português, face a esta realidade, não pensa nas consequências que uma mudança de lei poderá provocar na vida de muitos homens.
Nota: Gostaria que o sr. primeiro ministro me dissesse ou alguém do seu executivo se caso a lei for alterada se eu poderei deduzir no IRS os custos com um aborto, e qual o valor máximo a deduzir?

"E a Culpa da Crise Vai Para..."

Não posso mais manter-me calado! Já estou farto de todos estes anos sempre a falar-se da crise do país e de se atribuir as culpas constantemente aos mesmos, isto é, aos nossos governantes e, em última instância, à falta de títulos do Benfica.
Porque é que ninguém vê o óbvio, porque é que só eu o vejo? A culpa nunca foi do Sócrates, do Durão ou do Guterres! (Bem, quanto ao Santana… ele é sempre culpado do que quer que seja…) Nem sequer é do Bush, da guerra no Iraque ou da galopante subida do preço do petróleo… Não! A culpa sempre foi, é e vai continuar a ser, única e exclusivamente, da… TVI.
Sim, da TVI. Pensem bem por um bocado… Quando é que a crise em que estamos mergulhados começou? No final dos anos 90 do século passado. “Pois, com o Guterres e a sua governação esbanjadora”, dir-me-ão alguns. Mas, então vocês não vêem que foi nessa mesma altura que a TVI iniciou a sua ascensão, que se chegou à frente nas audiências e começou a marcar indelevelmente o panorama televisivo (e social, acrescento eu) com o Big Brother, o Anjo Selvagem e a Manuel Moura Guedes? Acham que é apenas pura coincidência? Como explicar que na entrada para o século XXI, a TVI continuou o seu caminho de consolidação com mais Big Brother, a Quinta das Celebridades, os Morangos com Açúcar, o Fiel e Infiel, mais Manuela Moura Guedes, o Goucha e a loira, enquanto inversamente e de forma proporcional, Portugal afundou-se mais e mais e os portugueses mostraram-se apáticos, pessimistas e derrotados…?
Nos últimos tempos, tem-se insistido em falar em retoma, mas que continua a ser ainda demasiado lenta e que se explica, na minha opinião, a uma ou outra ausência nos ecrãs da TVI, como por exemplo o desaparecimento da Manuel Moura Guedes ou a falta de reality-shows na Quinta do Pinheiro. Mas, ainda é muito pouco para o país recuperar verdadeiramente e se poder falar em verdadeira retoma. Não podemos esperar que Portugal volte a ser um país positivo e optimista, em crescimento económico e social, enquanto tivermos o Você na TV, o Jornal Nacional, os velhinhos Morangos com Açúcar ou a mais recente Doce Fugitiva…
Portuguesas e portugueses, façam como eu, deixem de sintonizar a TVI nos vossos televisores, coloquem no seu lugar uma mira técnica com as suas barras coloridas. Depois que eu o fiz, a minha vida melhorou imenso e entrei em retoma, a sorte já me sorri, as mulheres também e o Estado já não me massacra tanto nos impostos. Se todos nos unirmos, podemos fazer com que Portugal saia finalmente da crise...

Aquecimento Global: Uma Excelente Notícia

Segundo os dados mais recentes, a temperatura poderá aumentar cerca de 3 graus nos próximos anos. Boas notícias, sem dúvida. Contudo, ouvi uma previsão ainda mais animadora de 7 graus, mas como sou cauteloso prefiro aguardar para ver, antes de dar pulos de alegria.
O meu medo é que as calotas polares resistam mais tempo do que devem e infelizmente vejo um cada vez maior enxame de cientistas a meterem o bedelho nos pólos. Pois bem, meus caros, eu gosto mais de sol e praia. Por isso deixem estar as calotas onde estão e deixem a mãe natureza seguir o seu caminho. E não me venham com o discurso sobre os coitadinhos dos pinguins. Se deixar de haver frio, eles habituam-se ao calor e tratarão de descobrir a arte da mudança de pele, não serão os primeiros e não serão os últimos. O meu canário troca de penas todos os anos e só deus sabe como tem sérias limitações de compreensão do que se passa à volta dele. E se os ursos polares já não conseguem dormir, problema deles, porque quando tive problemas de sono durante dois anos, porque tinha um bar aberto no rés-do-chão do prédio onde morava anteriormente, ninguém quis saber, nem a polícia aparecia por lá.
Claro que há portugueses preocupados, mas são aqueles que não têm ouvido a minha voz nos últimos anos. Muitos portugueses endividaram-se e não tiveram o cuidado de investir em imóveis a alguns quilómetros do mar e a cerca de 20 metros acima do nível médio das águas. Não é preciso referir que foi exactamente o que fiz. Investi num T4 (e já veremos as vantagens de ser um T4, com um pequeno logradouro que dá para colocar cinco mesas, vários guarda-sóis e uma churrasqueira) a cerca de 30 km do mar. O preço do metro quadrado foi bastante inferior ao praticado junto ao oceano. Tive o cuidado de verificar que se situa a cerca de 22 metros acima do mar e agora só me resta esperar e dar o meu contributo diário para o aquecimento global: faço cerca de 40 km por dia no meu carro a diesel. Se tudo correr bem, e a minha visão se concretizar, e não raras vezes o tem sucedido, terei o mar perto de casa dentro de poucos anos.
A minha preocupação com os 22 metros não é absurda. Qualquer incauto pensa da seguinte forma: o mar pode subir 15 metros; vou comprar um terreno a 16 ou 17. E as ondas, meus senhores? As ondas, não contam?
O meu T4 vai valorizar e provavelmente terei um a dois quartos a alugar para turistas na época alta (e na garagem posso colocar umas paredes de pladur e dá para instalar uma cama com mesinha de cabeceira e uma cómoda). Com esse dinheirinho vou recuperar parte do meu investimento. Para além de tudo isto, uma temperatura mais agradável permite-me investir num pequeno serviço no meu logradouro onde venderei uns sumos naturais (os meus tios têm boa laranja e tangerina) e talvez uns petiscos, se possível à base de mariscos: uns percebes, um camarão tigre, umas amêijoas à bulhão pato, umas ostras gratinadas ou uns mexilhões de vinagrete. Se as coisas correrem realmente bem avanço para umas cataplanas de marisco e umas açordas à maneira.
Ou seja, a subida de 7 graus centígrados na temperatura seria extraordinariamente bom. Ao longo dos séculos esta tem sido uma terra maldita e só as artes do nosso povo permitiu contrariar esta triste realidade, criando moelinhas, alheiras, chouriças, presunto, tripas enfarinhadas, pregos no prato, francesinhas, petiscos sem dúvida agradáveis, mas que não conseguem fazer esquecer a maldição da mãe natureza. Por aqui não encontramos em abundância lagostas, caranguejos, camarão tigre, bananas, papaias e não sei o que mais.
Mas reparem ainda na tristeza e deprimência do nosso folclore: mulheres e homens cobertos de roupas aos saltos, ranchos e mais ranchos e mais ranchos e mais ranchos. Um pesadelo etnográfico que foi criado devido ao nosso clima nem frio nem quente, mas chuvoso e acima de tudo, esquisito. Que português não sente inveja quando vê aqueles povos que andam praticamente sem roupa e têm danças típicas decentes em que se roçam uns nos outros. E quem dá o exemplo é a avozinha.
Por isso, pela primeira vez na minha vida, vejo os ventos correrem de feição e estou em plena harmonia com a natureza. É um daqueles casos em que me sinto parte integrante do mundo, em simbiose perfeita com o meio ambiente.

Sexo em Grupo: Não se Deixem Enganar - PARTE 2

No dia 14 de Fevereiro, pelas 20 horas, dirigi-me acompanhado da minha esposa à morada que me foi indicada por telemóvel. Um senhor abriu-nos a porta e encaminhou-nos para junto dos outros participantes. Ao chegarmos à sala, a primeira surpresa: apenas se encontravam homens, mais concretamente, 25 homens.
Passado pouco tempo, um senhor perguntou muito educadamente: “será que não se inscreveram mais gajas?”. Nós encolhemos os ombros e ninguém sabia responder.
Eu e a minha esposa conversamos com uns senhores da Trofa muito simpáticos e até falamos da questão do aborto e descobrimos que eles também votaram “Não” como nós.
O tempo passava e ninguém aparecia. Um jovem, que mais tarde vim a saber que era de Ovar, levantou-se e disse que era melhor chamarem alguém. O porteiro entrou e mostrou uma cara surpreendida. “Então, ainda não começaram?”. As pessoas ficaram indignadas. “O sr. porteiro deve estar a brincar connosco, então isto só tem aqui uma senhora, como quer que façamos uma orgia? Isto é uma vergonha!”, disse um dos senhores da Trofa. O porteiro disse que não havia quotas mínimas para mulheres e para homens. O senhor da Trofa levantou-se, “está a brincar comigo, querem quotas no parlamento e aqui, que é onde deviam existir, não existem. Estou indignado e alguém vai ter que pagar por isso”. “Pois, mas o Sr. R. está no estrangeiro e só volta daqui a 15 dias”.
As pessoas ficaram estupefactas e não sabiam o que fazer. “O chato disto é que para além de ser difícil que todos obtenham um orgasmo, como se tratava de uma orgia eu vinha a contar ter três ou quatro orgasmos e agora acontece-me isto”, disse o senhor da Trofa. Todos concordaram, era uma vergonha!
O porteiro disse para estarmos à vontade, que ele não podia fazer nada. Os senhores olharam para mim e para a minha esposa expectantes. Tomei então a palavra: “estou tão indignado como todos os presentes. Acima de tudo considero uma falta de respeito e mais uma vez uma manifestação da atitude pouco profissional que caracteriza a sociedade portuguesa. É graças a amadorismos destes, à falta de empenho dos responsáveis na operacionalização dos projectos e na implementação dos mesmos que Portugal está no estado actual”. O senhor da Trofa concordou comigo e propôs fazermos uma carta a denunciar aquela situação, depois via-se a quem é que a iríamos enviar. Entretanto, o jovem de Ovar perguntou “avançamos ou não?”.
Claro que todos esperavam pela minha resposta. “Eu não quero boicotar, estou solidário com todos vocês, também porque estou na mesma situação. Eu e a minha esposa participamos, mas tem que ficar claro que iremos reclamar e actuar nas devidas instâncias. É que isto não pode ser assim, eles vão vê-las e haverão de aprender”.
O certo é que as coisas avançaram, um pouco de forma desorganizada, mas veio ao de cima o espírito de entreajuda e a solidariedade que caracteriza o povo português. Devo realçar que foram todos de uma boa educação extraordinária e valeu-nos a liderança de um senhor de Moreira de Cónegos, que se mostrou expedito e no final todos lhe demos os parabéns. É nestes momentos que se vêem os líderes. Ele depois confidenciou que trabalhava em organização de eventos. Naquele momento, todos sentimos orgulho em ser portugueses e houve mesmo um momento bonito em que cantamos o hino e um senhor de Nine colocou uma bandeira portuguesa atada ao pescoço. Não mentirei se disser que me vieram as lágrimas aos olhos. Lembro-me que, por descuido, um senhor de Rio Tinto pisou-me uma virilha, mas de imediato foi-me buscar gelo e pediu-me imensas desculpas. Outro senhor de Vila das Aves fez-me uma massagem quando tive um torcicolo. Tudo decorreu com o máximo de civismo.
Contudo, tivemos muitos problemas que julgo que a organização deveria assumir e ser penalizada por isso. O sr. de Nine apresentava, no final, sérios sintomas de uma constipação, porque a casa não tinha qualquer aquecimento. A minha esposa desenvolveu todos os esforços para que tudo corresse pelo melhor, mas muitas vezes tínhamos de aguardar sem roupa no hall de entrada a falar de futebol, porque tudo ficava muito confuso na sala de estar.
O jovem de Ovar sentiu-se mal e afirmava que não iria conseguir, mas o senhor de Rio Tinto fez-lhe um chá de camomila e disse para ele não ter complexos que aquilo devia ser do fígado.
Já no final, para quem pretendia repetir tivemos que pôr a Joana com quatro e cinco senhores ao mesmo tempo, porque como disse o sr. de Moreira de Cónegos, “a este ritmo nem às seis da manhã saímos daqui e se todos quiserem repetir, nem às onze”. E depois ficava muito tarde para quem era de longe. O jovem de Ovar até perguntou se ninguém queria experimentar nada entre homens, “não é que eu queira, é só uma ideia, a coitada da Joana bem precisa de uma mãozinha, ela vai ficar estafada”. “É verdade”, disse o senhor da Trofa, “tens uma esposa cinco estrelas, uma senhora, houvesse mais como ela neste país”. Os homens enviavam olhares duvidoso para um e para o outro lado, mas realmente tínhamos que deixar de ser egoístas e pensar um pouco na Joana. Então o pessoal começou a entreter-se uns aos outros. O sr. da Trofa foi muito simpático e carinhoso e até reparou que eu tinha caspa, recomendou-se um champô que costuma comprar na farmácia e não deixa o cabelo muito seco.
Deste modo, peço a todos que reenviem esta denúncia para que possamos combater a falta de profissionalismo que continua a emperrar Portugal. Na qualidade de usufrutuário de um serviço, senti-me enganado. Todos os dias ouvimos o governo falar de modernidade, de desenvolvimento e de simplificação. Mas não foi isso que eu testemunhei neste bacanal. Acima de tudo, urge garantir quotas mínimas de mulheres nas orgias.

Sexo em Grupo: Não se Deixem Enganar - PARTE 1

Há quinze dias deparei-me com uma promoção de uma orgia aberta a todos “os cavalheiros, senhoras e casais de bom gosto”, a decorrer numa moradia na Maia. Na altura, como a publicidade me suscitava algumas dúvidas contactei por e-mail a organização (segue o e-mail enviado):

Ex.mos senhores
Venho por este meio contactar-vos para solicitar alguns esclarecimentos adicionais acerca da orgia que v. Exª intenta organizar na Maia. O texto promocional, cuja versão remeto em anexo, sobre a supra-citada orgia levantou-me algumas dúvidas, e gostaria que V. EXª ou alguém devidamente mandatado para o efeito se dignasse a esclarecê-las:
1º- que providências foram tomadas para acautelar possíveis discriminações no usufruto das pessoas participantes, ao abrigo do disposto no artigo 4º da lei nº 134/99, de 28/08;
2º se foram implementadas medidas preventivas para assegurar que o acto penetrante apenas deverá ocorrer por parte de indivíduos do sexo masculino em indivíduos do sexo feminino;
se vai ser garantida a igualdade de acesso à orgia a minorias étnicas e religiosas como judeus, islâmicos, testemunhas de jeovás, mormóns ou hindus e não apenas à maioria católica; e se será assegurada a liberdade de expressão religiosa na utilização de símbolos como crucifixos, velas, fato e gravata no caso dos mórmons ou o véu islâmico (recordo que devem ter a atenção à utilização de carnes de porco em algumas fantasias caso se verifique a participação de judeus);
4º se está assegurado o não uso de palavras e expressões atentatórias à dignidade e direitos da mulher.
Desde já agradeço a atenção dispensada e fico a aguardar por uma resposta breve
Melhores cumprimentos
JP


A resposta não se fez esperar:
Olá JP
Tudo garantido. Inscreve-te que vai ser uma loucura, já temos mais de 25 inscritos. Vai já ao site e efectua a tua inscrição e respectivo pagamento.
Abraço
R.


Embora a mensagem fosse curta, fiquei mais sossegado e inscrevi-me.

A Vergonha da Educação em Portugal: Questões Para o Engº Sócrates

São poucos os acontecimentos capazes de nos darem um abanão e de nos resgatar da pedrada do dia-a-dia. Lá seguia eu a minha vidinha de sempre, até que nesta sexta-feira acordei para a realidade, quando encarei aquilo que eu mais temia: rebentou-me um cano da sanita.
Com este acontecimento percebi que mais uma vez as questões essenciais continuam a passar ao lado deste governo. O que me sucedeu a mim e certamente a milhares de outros portugueses, ficar sem sanita, é acima de tudo uma consequência das políticas desastrosas dos nossos eleitos. Nos últimos anos, os governos nada têm gasto para garantir a segurança e a fiabilidade das nossas casas de banho. E mais uma vez, com a manipulação e censura que graça nos dias de hoje, já não me espantaria se esta minha denúncia não tivesse eco na sociedade portuguesa. Claro que não, porque isso iria mexer com muitos interesses e lobbys.
Sr. primeiro-ministro, assuma que o seu governo é manietado pelos picheleiros portugueses, impedindo, acima de tudo, que se invista na formação dos nossos filhos.
Por favor, Engº Sócrates, explique-me porque é que nunca implementou, no nosso sistema de ensino, formação em pichelaria? Porque se as nossas crianças desde cedo tivessem formação em instalar sanitas, colocar vedantes, usar chaves de porcas, adaptar anilhas e desentupir uma fossa, uma grande classe de favorecidos, o status quo, ruiria. Claro que tentaram atirar-nos areia para os olhos com aulas de trabalhos oficinais e outras. Pelo amor de Deus, Engº Sócrates, respeite os portugueses! Diga-me quantos dos nossos jovens, com essas aulas, aprenderam a identificar brocas de rebites ou turqueses? Quantos dos nossos jovens conseguem montar uma tijoleira em esquadria numa sala de jantar? Quantos dos nossos filhos sabem desmontar um sifão de um bidé ou tirar os cabelos dos tubos de um lavatório, que tanto jeito dava às famílias portuguesas? Quantas das nossas crianças no ensino primário conseguem aplicar silicone vedante numa banheira ou distinguem diluentes sintéticos dos diluentes celulosos? Nenhuma, garanto-lhe. Isso quer dizer que temos um país de ignorantes e as nossas casas como minas para os principais lobbys económicos deste país.
Mas este cenário torna-se ainda mais dramático se analisarmos outras áreas como língua portuguesa. Poucos dos nossos jovens sabem o que quer dizer “põe-me esta parede a prumo, e já” ou “chapisca, emboca e reboca este tecto antes que me chateie”. No outro dia, o meu tio chorou quando viu que o filho não compreendia “unta o barbante e prende-o acolá”. O meu primo também chorou e disse-me que nunca lhe ensinaram nada na escola. O jovem português não sabe falar, graças às políticas desastrosas na área da educação.
Mas diga-me também, Engº Sócrates, qual o esforço que tem sido feito para preparar os nossos jovens para sobreviver a uma catástrofe global ou ainda não reparou nas ameaças que pairam sobre as nossas cabeças? Então o senhor não sabe que se alguém carregar num botãozinho, já está, vai tudo para o galheiro? Ou um cometa, ou sei lá o que mais? Quantos dos nossos jovens têm conhecimentos básicos para reconstruir o país depois da catástrofe? Nenhum. Não teremos jovens para podarem ou fazerem um enxerto numa videira, de moda garantir a reestruturação do nosso vinhedo e uma produção mínima de 100 mil garrafas no primeiro ano do Inverno nuclear.
Quantos saberão abrir um rego para semear batatas? Criar uns porcos, pelo menos garantiríamos a sobrevivência de tradições gastronómicas como o cozido à portuguesa. Mas não, nenhuma das nossas crianças sabe encher umas chouriças e nem distingue uma linguiça duma cacholeira. Quantas é que já mataram um porco e o viram ser aberto? Basta observar o número de portugueses que têm porcos como animal de estimação, em que tudo se aproveita para comer. Não senhor, têm cães e gatos, que numa catástrofe não dão para mais do que duas refeições. Já nem falo nos desgraçados que só têm canários. Fez alguma coisa, Engº Sócrates, para mudar a situação?
Imagine um jovem, durante o cataclismo, que tem de ir de Penafiel a Ermesinde salvar a sua amada mas tem o carro gripado por falta de óleo, quantos conseguirão mudar a junta da colaça? A verdade, Engº Sócrates, é que a irresponsabilidade do seu governo vai criar muitas baixas em Portugal. A única coisa que os nossos jovens se vão lembrar de fazer é ir para o centro comercial e aguardar que passe o Inverno nuclear, pode ser que haja um novo filme para ver no cinema.
Não espero que me responda, pois já nos habituou ao seu autismo. Os portugueses sabem que quando se tem um filho autista ou um pai autista (no caso de violação) sempre o podem abandonar numa instituição e passar vários anos sem o visitar, até porque ele nem dá por ela. Mas um primeiro-ministro autista já não tem solução.

Carta Enviada ao Meu Picheleiro - Portugal Merece Saber

Enviada esta segunda-feira com aviso de recepção.
Caro Sr. Jacinto
Há duas semanas, abri-lhe as portas da minha intimidade, recebi-o de braços abertos e acabei por sair magoado. Usando a sua terminologia, encaro cada relação como uma empreitada chave na mão e tento garantir que tudo corra bem. Mas nunca aprendo. Pois bem, sr. Jacinto, considere-se o meu último professor, eu aprendi a lição.
Quero que saiba, sr. Jacinto, que eu conheci outro picheleiro. Sim, depois de tudo o que se passou entre nós, claro que não o ia chamar a si para me resolver o problema da sanita. Chamei uma empresa e enviaram-me um picheleiro muito bem parecido, transbordava alegria e simpatia e sabia lidar com os outros, fazendo-me sentir um verdadeiro homem. À entrada, o sr. Alves (é assim que ele se chama, para depois não me vir com cenas a perguntar quem é ele) tomou a iniciativa de me estender a mão e pediu-me licença para entrar. Meu Deus, quase perdi a respiração, percebi que tinha um cavalheiro à minha frente e não outro sr. Jacinto. Lembro-lhe que o senhor quando entrou em minha casa não me cumprimentou e nem limpou os sapatos no tapete. E quando chegou à casa de banho eu falava para si e você não me ligava nenhuma, como se pelo facto de eu nunca ter mexido em tubos, torneiras e chaves inglesas, eu não fosse suficientemente homem para si. Pois fique a saber, o senhor Alves até parou de martelar na parede só para eu acabar de falar. Um encanto! Enquanto o senhor me encheu o quarto de cimento e betumes, o senhor Alves trouxe dois panos e cobriu o chão antes de começar a trabalhar. Naquele momento, fiquei totalmente conquistado.
Sr. Jacinto, fique a saber que quem recorre a um picheleiro muitas vezes procura também um ombro amigo que o ouça na sua aflição e lhe dê atenção. Eu quis-lhe contar como descobri a fuga de água, o meu desespero e o senhor nem quis saber.
Mas o que mais me magoou no sr. Jacinto foi quando eu confundi uma anilha com uma bucha o senhor riu com desprezo e abanou a cabeça. Eu feito tolo, como sou demasiado dado, ainda lhe ofereci três cervejas. Claro que o álcool só ajudou a destruir a nossa relação, porque o sr. Jacinto depois das três cervejas até foi rude comigo, quando me berrou para não abrir a torneira e ainda usou expressões como “esta porra”. Pois fique a saber, enquanto não resolver o seu problema com o álcool, se calhar não será capaz de construir uma relação estável. Ao contrário de si, o meu novo picheleiro disse-me que só tomava um copinho à hora das refeições.
Por fora, sr. Jacinto, vê-se o que se é por dentro. O sr. Alves vinha vestido como se fosse para ir ao centro comercial, com um colete bege, uma camisa bordeux, a combinar com uma calcinha de ganga azul escura. É nestas pequenas coisas que se vê um picheleiro. O senhor vinha com umas calças rotas e uma camisola justa toda cheia de tinta, que não o favorecia nada. E sempre com aquele palitinho insuportável na boca. Apetecia-me limpar-lhe os dentes de uma vez com um fio dental e partir esse palitinho em mil bocados. O sr. Alves vinha com o cabelo curto e penteado, como eu gosto, com um bocadinho de gel, que dá aquela aparência húmida. Parecia um engenheiro. Saiba, sr. Jacinto, que engenheiro é aquele que parece. Você entrou-me cá duas vezes a casa com o cabelo cheio de pó e um boné da “Moutados” todo sujo de tinta e cimento.
Mas o pior de tudo foi quando o senhor me veio com a história que não era trolha, que era picheleiro. Eu só gostava de compreender onde acaba o trolha e começa o picheleiro. Se calhar para os outros o senhor já era trolha, mas para mim era só picheleiro. E quando eu o vi a partir um bocado de parede para puxar o tubo para fora, o senhor disse que isso é trabalho de picheleiro, mas quando eu lhe pedi para me substituir um azulejo, o senhor afirmou que isso é trabalho de trolha. Eu acho que o senhor tem duas personalidades e duas caras e o senhor é que tem problemas de identidade. E enquanto não for a um psicólogo tentar resolver isso, não será capaz de descobrir e assumir que tem um picheleiro e um trolha dentro de si. Pois fique a saber que no senhor Alves eu tenho um trolha, um picheleiro e um electricista. Sim, electricista, ele ainda me instalou uma tomada na parede. O Sr. Alves não é apenas o picheleiro mais educado e bem parecido que eu alguma vez conheci, é também um homem muito prendado e versátil.
Pois bem, sr. Jacinto, as coisas entre nós terminaram.
Até sempre
JP

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Vuvuzela Hits

Recebi da Fnac aquele desconto fantástico: livros, cds, dvds, etc a partir de 3.50€. Decidi ir lá. E com o que me deparo? É verdade. Vuvuzela Hits - Vol 1. Irresistível. Óptimo para te ajudar a concentrar enquanto estudas matemática ou programação. (Carreguem na imagem para aumentar, e então ler o nome das músicas)

Vida no Séc XXI